quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Acerca

As árvores estão amareladas

Falta chuva, que não cai

Água que não sai dos meus olhos

Água que me afoga por ausência

Ele está ali, braços abertos

A maravilha, um entre sete, Ele

Dizendo “meu filho, cá venha

Aqui há alento, carinho

Sossego para sua demência”

Amarelo, quase árido

Olho seco, cerca de lágrimas

Me segura dentro disso aqui

Certo que sim

É o fim

Ele, a maravilha, a acolher

“Filho meu, cá estou

Afagos a te esperar

Palavras a te aguardar

Sopro para sua falta de ar”

Árvores nada verdes, ácidas

Feridas amarelas, plácidas

Meu filho, filho meu

Fim da linha, o breu

A cerca. Preso. Presa.

Adeus.

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