As árvores estão amareladas
Falta chuva, que não cai
Água que não sai dos meus olhos
Água que me afoga por ausência
Ele está ali, braços abertos
A maravilha, um entre sete, Ele
Dizendo “meu filho, cá venha
Aqui há alento, carinho
Sossego para sua demência”
Amarelo, quase árido
Olho seco, cerca de lágrimas
Me segura dentro disso aqui
Certo que sim
É o fim
Ele, a maravilha, a acolher
“Filho meu, cá estou
Afagos a te esperar
Palavras a te aguardar
Sopro para sua falta de ar”
Árvores nada verdes, ácidas
Feridas amarelas, plácidas
Meu filho, filho meu
Fim da linha, o breu
A cerca. Preso. Presa.
Adeus.
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